sábado, 21 de junho de 2008

REVIEW-PEDRO FEITOSA



É impossível falar de uma lenda viva como Ozzy Osbourne - a qual se espera 13 anos para ver - sem ser parcial, emotivo e acima de tudo: um fã fervoroso.Com bandas de abertura como Black Label Society (tendo como frontman Zack Wylde, guitarrista de Ozzy) e o ícone do 'nu metal' Korn, foi uma noite inesquecível para a quase totalidade dos roqueiros cariocas presentes na HSBC Arena.A presença de palco, o carisma transbordante e a sabedoria de um veterano ao lidar com um público que praticamente todo nunca o viu, são fatores determinantes para garantir o sucesso de uma noite como a que foi. Eu tive a oportunidade de ver um Ozzy tão louco quanto esse em 1995, porém não tão emocionado, não tão rendido ao público como ele estava. O jogo estava ganho, ele entrou em campo já com a vitória garantida. Sua banda também demonstrava essa empolgação extra, principalmente o baterista Mike Bordin, o que provava que não seria um show qualquer. Um pouco mais longo do que os outros show dessa atual turnê, contou com 15 músicas (uma a mais do que o normal).Repertório impecável, com apenas 3 - muito bem escolhidas - músicas do álbum mais recente Black Rain, destacando-se a bela balada 'Here for You', que mesmo sem ser conhecida ainda do público em geral, provocou aplausos reconhecedores de que o velho Madman ainda está lá, fazendo música boa.Duas gratas surpresas foram 'No More Tears', ao lado dos já manjadíssimos e esperados hits da carreira solo dele, 'Crazy Train' e 'Mr. Crowley'; e ao lado de 'Iron Man' e 'Paranoid' dos tempos de Black Sabbath, houve espaço para 'War Pigs' surpreendentemente cantada em uníssono por um público de 3 gerações diferentes.Ozzy velho?! Talvez os 59 anos de tantas drogas e excessos cometidos no auge da era mais rock 'n roll que a humanidade já conheceu (leia-se anos 70), pesassem para qualquer pessoa, porém, para Ozzy, a sua falta de coordenação e agilidade não o impedem de ter uma ótima performance, cantar bem e ainda agitar o tempo todo. Foram incontáveis baldes d’água jogados no público. Este público, é claro, nunca irá esquecer: "Fui molhado pelo Ozzy p****!!" , "Inacreditável", "O cara é maluco". É cara pálida, estamos no show do Mr. Madman.O ponto alto da noite foi, sem dúvida, o mais insano que vi em 27 anos de rock 'n roll. A banda tocava a última música, 'Paranoid', quando logo após o solo Zack Wylde jogou a guitarra, uma Gibson personalidada, para o público à sua frente e, 2 segundos depois, ele resolveu se atirar junto, não sei se a fim de pegar a guitarra de volta ou fazer um mosh meio irresponsável com um público enlouquecido e agitado. Infelizmente, no Brasil, as coisas não funcionaram como ele talvez esperasse e é óbvio, que a guitarra voltou - depois de muita luta e esforço por parte dos seguranças - quebrada no braço e sem nenhuma corda, evidentemente. Zack levantou a guitarra resgatada como se fosse um troféu, mostrando para o público urrar comemorando a selvageria e sob os olhares arregalados do chefinho Ozzy, que à essa altura nem estava mais pensando em nada, a não ser descansar, assim como eu.
Set list:

I Don't Wanna Stop

Bark At The Moon

Suicide Solution

Mr. Crowley

Not Going Away

War Pigs

Road To Nowhere

Crazy Trainsolo (Zakk Wylde)

Iron Man

I Don't Know

No More Tears

Here For You

I Don't Want To Change The World

Mamma I'm Coming Home

Paranoid

Aviso sobre o recorrente tema poeta x poetisa:

Retrato de Cecília Meirelles
Sempre recebo emails reclamando que o certo seria o uso da palavra "poetisa". Justifico minha escolha: "(...) o feminino de poeta sempre tinha sido poetisa; contudo, essa forma adquiriu uma conotação pejorativa, por lembrar aquele tipo de senhora que se veste espalhafatosamente e participa das reuniões dessas dezenas de academias femininas paralelas, estavam simplesmente reforçando a crença chauvinista de que as "verdadeiras" academias eram privilégio dos homens. Por causa disso, alguns críticos e intelectuais, ao falar de alguém do quilate de uma Cecília Meirelles, por exemplo, começaram a dizer: "É uma grande poeta!". A moda pegou no meio literário e acadêmico, hoje, podemos escolher entre as duas formas de feminino: usamos poetisa, ou simplesmente poeta."

sexta-feira, 20 de junho de 2008

UM APAIXONANTE FIM DE SEMANA


"Colada à tua boca a minha desordem.

O meu vasto querer.

O incompossível se fazendo ordem.

Colada à tua boca, mas descomedida Árdua

Construtor de ilusões examino-te sôfrega

Como se fosses morrer colado à minha boca.

Como se fosse nascer

E tu fosses o dia magnânimo

Eu te sorvo extremada

à luz do amanhecer."


Hilda Hilst
BJOS BJOS BJOS*

quinta-feira, 19 de junho de 2008

EU, GUARDEI...


Gaste seu tempo com a beleza, use-abuse, a beleza irá preencher vazios, colocar algodão doce na alma e trazer o sorriso escondido das esferas negras do dissabor. Gaste seu tempo construindo, dando alimento à alma, fazendo luzes opacas se acender. Gaste, gaste com vontade. Afinal o veneno espalhado nos subterrâneos da vida corrói dedos ainda frágeis da felicidade que é leve como o balanço que carrega flor...Ela segue, guarda-se embaixo do caracol, mas não tem uma casa e perde-se na poeira. Guarde seu sorriso, ele é o pavê de chocolate que mamãe comprava no armazém do Pedro e parecia vôo no firmamento. Eu, guardei.


Thiers R>

UMA PÁGINA...


Coloco a página em branco diante de mim e devagarinho, sem saber bem porquê, vou soltando salpicos de alma. A folha enche-se pouco a pouco de pequenas letras, sussurros de um coração que canta a melodia de uma saudade…

As letras juntam-se e formam pequenos amontoados de emoções, sem definição, sem limites…apenas montinhos de sentidos soltos no vento do norte e que se transformam em lágrimas de chuva miudinha…

Nas frases construídas pelo pensamento e escritas com as sensações nas pontas dos dedos, crescem bocadinhos de um sentimento bonito que nasceu. Florescem como papoilas, livres de sentirem a brisa suave do entardecer e de embalar na valsa do tempo, toda a magia que teima em não morrer…

O branco ganha a cor de um olhar que se perde num céu azul e as linhas pintam-se de amor e paixão num pôr do sol que se faz infinito num fim do mundo onde as emoções são ondas de um mar sempre em mudança…

Nascem tempestades de dores, e as ondas que as palavras fazem ondular no oceano dos meus sentidos, beijam a praia do meu ser, castigando-me com a força da ausência… Sem porto de abrigo onde ancorar, deixo-me naufragar…

A página da vida foi escrita, enchendo-se de palavras soltas e de emoções sentidas. Palavras sem cor, vestindo o negro da dor, suportando o peso da ausência mas guardando nas entrelinhas que vai escrevendo, toda a esperança de um sonho…

Escrito da alma: Madalena

quinta-feira, 12 de junho de 2008

PARA SER UM BOM NAMORADO...UMA RECEITA BEM BÁSICA!


"Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!"


Martha Medeiros
Que tenhamos todos os dias momentos de pura paixão e muito Amor...É assim que vale a pena "VIVER".
BJOKITAS TRAKINAS...HUAHUAHUA

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Como ele vai fazer para clicar nos seus anúncios?


O Lucas descobriu o motivo pelo qual o meu Adsense não rende e eu continuo pobre.
Dizem
por aí que quem clica nos anúncios do Google são os paraquedistas. Segundo a Wikipedia, os paraquedistas são profissionais especializados em realizar saltos de grandes altitudes sem sofrer danos corporais. Os paraquedistas são pessoas que vivem nas nuvens, literalmente. Como que eles podem clicar nos seus anúncios de lá?
Andei pensando e cheguei a conclusão de que o problema principal é a exclusão digital e o acesso a redes sem fio no Brasil. A situação do nosso país tá complicada no ramo de tecnologia sem fio. Essa deveria ser uma das prioridades do nosso governo! Veja bem... É difícil achar um hotspot que esteja próximo o suficiente de um paraquedista para que ele consiga acessar o seu site via wireless. Diz a
Wikipedia que os hotspots transmitem um sinal a pequena distância, geralmente apenas 100m.
Culpa de quem? Dos políticos, como sempre! Em países com
bons representantes do povo, como nos Estados Unidos, os probloggers conseguem um rendimento muito melhor graças a essa facilidade dos paraquedistas de acessarem seus sites.
A solução? Eleger políticos competentes que queiram realmente melhorar a vida do povo, como o senador
Eduardo Azeredo e a poderosa Daniela Cicarelli. O Maluf e o Clodovil quem sabe entrem nessa luta também... ;)

terça-feira, 3 de junho de 2008

TAL COMO A OSTRA...EU SOU


FINA CAMADA DA OSTRA


Podes me ver,apenas em parte,

pérola guardada,fina camadada ostra.

Sou mistério,arte incomum,

herdeiro do silêncio,criminoso, cruel.

Tal como a ostra

sofre no parto da beleza,

sofro ao ter garganta cortada,

voz flechada.

Dentro apenas o brilho

e o sabor do mel.

Entre frestas acendo a luz,

espuma vermelha brinda a praia,

em cores fortes do pequeno corte.



RJ – 15/07/2005** Gaivota **


APLAUSOS MAIS UMA VEZ PRA VOCÊ POETA ALADO E BALAS AZUIS!

UM DIA SE PASSOU E EU TE DEIXO BJOS NO CORAÇÃO*


Madagascar

Chovia estilete

na pele inconformada

o pensamento vagava

em minúsculo terço de lua

eu te pensava no bar exótico

descobrindo véus eu te pensava

arranhando paredes in decente pose

retratava o pôster eras tu,

eu vi vagabundeei ruas

atirando pés na lama formada a beira do lago

M a d a g a s c a r

li, reli e so letrei

queria arranhar o papel

onde te vi faminta

sorrias indecente

afaguei desejosa boca

macio e alvo chegou o abraço

envolto peito nu

um terço de hora passou

ouvi o clic desligaram

o projetor encerrado o filme

dentro de minha fome

sonho um quadro inacabado.


Thiers R