DOS SONHOS COMPARTILHADOS
...O que nos resta é dúvida, e poesia, e raciocínio ilógico... Apaguemos as luzes! E de tudo que nos resta, que nos reina... o escuro escolhido, inusitado, de um olhar que não cobra nem a poesia que se sabe certa e dedicada (Moacir Eduão) ********************************
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Selo Fidalguia
Palavras da minha linda amiga gauchinha Sandra Antonioli:"Estou te premiando com o Selo Fidalguia, conferido pelo Antonio Poeta. Ele pediu que eu entregasse aqueles que eu penso que são ótimos escritores e que colaboram com a poesia. Espero que goste! Bjos. poéticos. "
Amei minha amiga incentivadora e colaboradora da cultura e do conhecimento poético. Você já faz parte do meu cotidiano, mesmo que virtualmente, mas...temos um encontro marcado para um chimarrão em Porto Alegre e um chopinho hiper gelado aqui em Sorocaba, ehehe
Mil Bjokas tchê ♥
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Minha homenagem a uma mulher mais sensível que uma asa de borboleta!
Charneca em Flor
Enche o meu peito, num encanto mago,
O frêmito das coisas dolorosas...
Sob as urzes queimadas nascem rosas...
Nos meus olhos as lágrimas apago... Anseio!
Asas abertas! O que trago Em mim?
Eu oiço bocas silenciosas
Murmurar-me as palavras misteriosas
Que perturbam meu ser como um afago!
E, nesta febre ansiosa que me invade,
Dispo a minha mortalha, o meu bruel,
E já não sou, Amor, Soror Saudade...
Olhos a arder em êxtases de amor,
Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor!
Se tu viesses ver-me...
Se tu viesses ver-me...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Amor que morre O nosso amor morreu...
Amor que morre O nosso amor morreu...
Quem o diria!Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta
,Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há de vir!
(A poeta imortal Florbela Espanca)
Ela sabia descrever como poucos as Dores e os Amores de toda uma existência vivida em sua plenitude!
terça-feira, 11 de novembro de 2008
(selo da blogagem)
..
No dia 8 de dezembro comemora-se mais um ano do nascimento de Florbela Espanca,
ícone da poesia em língua portuguesa.
Seus versos expressam um erotismo e uma liberdade pioneiros na poesia do seu país.Excelente sonetista, Florbela expressa suas emoções em linguagem telúrica, de imagens fortes, impregnadas de verdade física e arrebatamento. Sua poesia caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito.
A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico.
Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.
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No dia 8 de dezembro comemora-se mais um ano do nascimento de Florbela Espanca,
ícone da poesia em língua portuguesa.
Seus versos expressam um erotismo e uma liberdade pioneiros na poesia do seu país.Excelente sonetista, Florbela expressa suas emoções em linguagem telúrica, de imagens fortes, impregnadas de verdade física e arrebatamento. Sua poesia caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito.
A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico.
Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.
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Gostaria de poder contar com você para distribuir pela blogosfera o perfume e o sabor da poesia de Florbela Espanca,
em Blogagem Coletiva no próximo dia 8 de dezembro,
em “INTERLÚDIO COM FLORBELA”.
Seguem abaixo os passos que você deve seguir para participar e se inscrever:..1. Cole o selo da blogagem e o link do "Interlúdio" (http://interludioemflor.blogspot.com)
em seu Blog para divulgar a sua participação. Basta que vc clique sobre a imagem e a salve no seu computador, para depois adicioná-la em seu Blog.
. .2. Deixe aqui em “comentários”o seu nome e o nome do seu blog (bem como o link) para que ele faça parte da lista dos blogs participantes.
. 3. No dia 8 de dezembro escolha um poema de Florbela para uma postagem especial.
. Venha conosco fazer parte desse grupo que aplaude e reverencia essa mulher excepcional que tanto contribuiu para a beleza do mundo com seus poemas!
em Blogagem Coletiva no próximo dia 8 de dezembro,
em “INTERLÚDIO COM FLORBELA”.
Seguem abaixo os passos que você deve seguir para participar e se inscrever:..1. Cole o selo da blogagem e o link do "Interlúdio" (http://interludioemflor.blogspot.com)
em seu Blog para divulgar a sua participação. Basta que vc clique sobre a imagem e a salve no seu computador, para depois adicioná-la em seu Blog.
. .2. Deixe aqui em “comentários”o seu nome e o nome do seu blog (bem como o link) para que ele faça parte da lista dos blogs participantes.
. 3. No dia 8 de dezembro escolha um poema de Florbela para uma postagem especial.
. Venha conosco fazer parte desse grupo que aplaude e reverencia essa mulher excepcional que tanto contribuiu para a beleza do mundo com seus poemas!
Postado por Flor ♥ em seu Blog Interlúdio
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Depois de algum tempo...retorno em perfeita ordem! *-*
Vi, de repente,
Que todo, todo aquele
Que me cercava
Tinha dentro d'alma
Também os seus algozes
Todos com medo e coragem
Todos com duvidas e vontades,
Todos com fé e volúpia,
Todos felizes e infelizes.
Vi, de repente,
Que tudo era normal
Meus sonhos e minhas vicissitudes
Meu dia a dia banal
Meus erros e minhas tormentas...
Enfim, minha febre de existir
Estava em perfeita ordem.
Respirei aliviado e sorri,
Para todos os meus tropeços.
Do Amado Poeta e Cronista sorocabano do Jornal O Palco Meu
Fernando Alves
Vamos fazer um acordo? Sorrir para a vida em qualquer circunstância e receber dela um sorriso novo a cada dia como sinal de gratidão...ela merece, nós merecemos.Linda e mais que perfeita semana!--
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Platônica...mente
Cuando un hombre ama platónica-mente (Piensa): mortal si echada la diva A su capricho y sino, cautiva
Sobre esta bella fuente que ve Imagina y vuela en su cielo y infierno Fluctúa sobre las ondas celestes y ígneas Con sus dedos chapisca el agua fría y ferviente. …
acomoda en sus bordes sus brazos Juega diseñando su sombra sobre ella Contempla admirado en deseo calado colado
Presintiendo el algo de ignoto-obvio a ser descubierto
Secreto sentir donde los sentidos sucumben en desenfreno
Al querer en el lazo imaginario aprisionarla.
Edgar Alejandro
sábado, 21 de junho de 2008
REVIEW-PEDRO FEITOSA
É impossível falar de uma lenda viva como Ozzy Osbourne - a qual se espera 13 anos para ver - sem ser parcial, emotivo e acima de tudo: um fã fervoroso.Com bandas de abertura como Black Label Society (tendo como frontman Zack Wylde, guitarrista de Ozzy) e o ícone do 'nu metal' Korn, foi uma noite inesquecível para a quase totalidade dos roqueiros cariocas presentes na HSBC Arena.A presença de palco, o carisma transbordante e a sabedoria de um veterano ao lidar com um público que praticamente todo nunca o viu, são fatores determinantes para garantir o sucesso de uma noite como a que foi. Eu tive a oportunidade de ver um Ozzy tão louco quanto esse em 1995, porém não tão emocionado, não tão rendido ao público como ele estava. O jogo estava ganho, ele entrou em campo já com a vitória garantida. Sua banda também demonstrava essa empolgação extra, principalmente o baterista Mike Bordin, o que provava que não seria um show qualquer. Um pouco mais longo do que os outros show dessa atual turnê, contou com 15 músicas (uma a mais do que o normal).Repertório impecável, com apenas 3 - muito bem escolhidas - músicas do álbum mais recente Black Rain, destacando-se a bela balada 'Here for You', que mesmo sem ser conhecida ainda do público em geral, provocou aplausos reconhecedores de que o velho Madman ainda está lá, fazendo música boa.Duas gratas surpresas foram 'No More Tears', ao lado dos já manjadíssimos e esperados hits da carreira solo dele, 'Crazy Train' e 'Mr. Crowley'; e ao lado de 'Iron Man' e 'Paranoid' dos tempos de Black Sabbath, houve espaço para 'War Pigs' surpreendentemente cantada em uníssono por um público de 3 gerações diferentes.Ozzy velho?! Talvez os 59 anos de tantas drogas e excessos cometidos no auge da era mais rock 'n roll que a humanidade já conheceu (leia-se anos 70), pesassem para qualquer pessoa, porém, para Ozzy, a sua falta de coordenação e agilidade não o impedem de ter uma ótima performance, cantar bem e ainda agitar o tempo todo. Foram incontáveis baldes d’água jogados no público. Este público, é claro, nunca irá esquecer: "Fui molhado pelo Ozzy p****!!" , "Inacreditável", "O cara é maluco". É cara pálida, estamos no show do Mr. Madman.O ponto alto da noite foi, sem dúvida, o mais insano que vi em 27 anos de rock 'n roll. A banda tocava a última música, 'Paranoid', quando logo após o solo Zack Wylde jogou a guitarra, uma Gibson personalidada, para o público à sua frente e, 2 segundos depois, ele resolveu se atirar junto, não sei se a fim de pegar a guitarra de volta ou fazer um mosh meio irresponsável com um público enlouquecido e agitado. Infelizmente, no Brasil, as coisas não funcionaram como ele talvez esperasse e é óbvio, que a guitarra voltou - depois de muita luta e esforço por parte dos seguranças - quebrada no braço e sem nenhuma corda, evidentemente. Zack levantou a guitarra resgatada como se fosse um troféu, mostrando para o público urrar comemorando a selvageria e sob os olhares arregalados do chefinho Ozzy, que à essa altura nem estava mais pensando em nada, a não ser descansar, assim como eu.
Set list:
I Don't Wanna Stop
Bark At The Moon
Suicide Solution
Mr. Crowley
Not Going Away
War Pigs
Road To Nowhere
Crazy Trainsolo (Zakk Wylde)
Iron Man
I Don't Know
No More Tears
Here For You
I Don't Want To Change The World
Mamma I'm Coming Home
Paranoid
Aviso sobre o recorrente tema poeta x poetisa:
Retrato de Cecília Meirelles
Sempre recebo emails reclamando que o certo seria o uso da palavra "poetisa". Justifico minha escolha: "(...) o feminino de poeta sempre tinha sido poetisa; contudo, essa forma adquiriu uma conotação pejorativa, por lembrar aquele tipo de senhora que se veste espalhafatosamente e participa das reuniões dessas dezenas de academias femininas paralelas, estavam simplesmente reforçando a crença chauvinista de que as "verdadeiras" academias eram privilégio dos homens. Por causa disso, alguns críticos e intelectuais, ao falar de alguém do quilate de uma Cecília Meirelles, por exemplo, começaram a dizer: "É uma grande poeta!". A moda pegou no meio literário e acadêmico, hoje, podemos escolher entre as duas formas de feminino: usamos poetisa, ou simplesmente poeta."
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